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Ser ou não ser... fluente... eis a questão!

  • Foto do escritor: Jurandir Jr Presence
    Jurandir Jr Presence
  • 3 de nov. de 2015
  • 4 min de leitura

Permitam-me retomar outro tópico que gerou alguns comentários interessantes: a fluência na Língua Inglesa.


Uma questão que, creio eu, nós professores ouvimos com certa frequencia de nosso pupilos é: “Professor, quando serei fluente em Inglês”?


Vamos iniciar com a definição que consta em um dos dicionários da Língua Portuguesa de maior respeito: o Aurélio:


1 Qualidade ou estado de fluente.

2 Movimento do que corre fácil e abundantemente.

3 Abundância; facilidade no dizer.


Atrevo-me a aceitar a terceira definição como a que melhor define o vocábulo em questão para nosso debate, assim, fluência nada mais é do que a facilidade no dizer. Saber se comunicar. Daí você pergunta: “Pronto?! É só isso?! Então porque tantos perdem boas oportunidades de emprego por não serem “fluentes” no Inglês? Não preciso falar certo, para ser fluente?”.


Antes de qualquer coisa, me responda: Todos nós brasileiros somos fluentes no Português? Provavelmente, sua resposta foi sim, e até posso concordar com essa isso, entretanto, com ressalvas. Porque? Bem, porque se faz necessário considerar outra palavra de mesma importância: contexto. O que ela significa?


Há um mito na Língua Portuguesa que diz que “Brasileiro não sabe português, pois só em Portugal se fala o Português.” Marcos Bagno, em seu Livro “Preconceito Linguístico” trata disso com eficácia. Mas então, se não somos fluentes no Português, como queremos ser fluentes no Inglês? A resposta? Contexto.


Tenho um amigo que não fala Inglês, aliás, utiliza uma linguagem bem rebuscada, literalmente coloquial. Em uma de nossas conversas, desabafou:


“- mano, num sei pruque num consigu um bão trampu. Só bico.


- Mas o que aconteceu? Perguntei-lhe.


- Intão, fui numa intrevista trudia. Tava té cuns pano manero. Mas o dotô mi dispensô.


- Mas ele sequer conversou contigo?


- Intão, até mi cumprimentô.


- E você?


- Ué?! Saudei o mano.


- Como você falou?


- Normal. E ai mano, firmeza?”


Entenderam? Para tratarmos de FLUÊNCIA na língua Inglesa, necessariamente precisamos atentar para o contexto, em suma, nossa necessidade. Afinal de contas, a linguagem utilizada por meu amigo não era a mais indicada para a situação que se apresentava. Não que ele não seja fluente em português, afinal de contas, ele se comunicou comigo, mas a linguagem que usou ao conversarmos não deve ser a mesma que deveria ter usado na entrevista de emprego, concorda?


Mas e o Inglês? Ok. Imagine em uma entrevista em Inglês:


“ Interviewer: – Good morning.


Interviewee: Good morning. What’s up!


Silence…


Interviewer: What is your name?


Interviewee: July.


Interviewer: Nice to meet you, July.


Interviewee: Ok


Interviewer: Have you known our Enterprise?


Interviewee: I’m sorry!?


Interviewer: Ok. How long have you been doing secretarial work?


Interviewee: I worked as secretary in 2008.


Interviewer: Hum…”


Será que ela conseguiu o emprego? Se você respondeu sim, sinto em discordar. Por quê?


Novamente, contexto. Duas análises da conversa. “What’s up!” é uma expressão coloquial, não deveríamos usá-la em uma entrevista, salvo se quisermos perder a oportunidade. Formas de tratamento que demonstram polidez, devem ter recíprocas. Assim, ao ouvir “Nice to meet you, July”. a resposta “educada” seria: ”nice to meet you, too”, ao invés de “Ok.”


Outra análise. O entrevistador perguntou há quanto tempo ela vem trabalhando com secretariado e não se ela trabalhou como secretaria. Assim, além de não ter sido polida, logo de início não demonstrou conhecimento na área, sequer entendido a pergunta. Novamente, discutível, afinal, ela não soube se expressar, mas deve saber trabalhar na área, certo?!


Infelizmente, não. Essa é a fluência que as empresas pedem. Saber se portar, se comunicar numa linguagem formal e em situações diversas, além de saber responder às questões que são feitas, no tempo que se pede. No mais, os interlocutores poderão ser de culturas variadas. Podem se perder na comunicação. Essa é a fluência que nós professores “teimamos” em ensinar. Lógico que a linguagem coloquial também pode ser inserida no aprendizado, mas não como objetivo principal. Mas por quê?


Outra comparação. Coloque um baiano e um gaúcho para conversarem. De início, a comunicação será difícil. Mas porque, se ambos falam português? Simples. Regionalismo, ou seja, mesmo que ambos falem português, cada um tem sua linguagem regional específica. O mesmo acontece nos grupos de jovens. Cada grupo tem sua “gíria” específica. Para sabê-la, você deverá merecer fazer parte desse grupo, sua cultura.


Para resolver essa questão, há a Língua Portuguesa dita padrão. Tudo bem. Nos grupos de amigos, não se usa linguagem “certinha”. Mas nas empresas, nos contatos internacionais, sim. Com o grupo de jovens, o tempo os ajudará a se entenderem, certo? Mas e para os contatos profissionais? Calma. Com um bom professor, o tempo para a aprendizagem é bem reduzido, pois estamos aqui para lhe ensinar essa fluência. Lògico, você tem que fazer sua parte, que no caso é a dedicação aos estudos.


Voltemos á noss discussão. Essa variação da língua não acontece no Inglês, você diria. Infelizmente sim. Há o Inglês americano, britânico, canadense, australiano, etc. Por mais que todos são Inglês, há muitas diferenças marcantes nas palavras, expressões, culturas. E, mesmo nos EUA há variantes regionais. Experimente passear pelo Texas, usando o Inglês de New York! Exemplos de diferenças nas ‘Línguas Inglesas?


Bem, isso já é conversa para outro post.


Have a blessed weekend all of you.



 
 
 

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