TRADUÇÃO OU TRANSLITERAÇÃO... EIS A QUESTÃO
- Jurandir Jr, Presence
- 7 de dez. de 2015
- 3 min de leitura

What’s shakin’, kids?
Antes que mais nada, “What’s shakin’, kids?“ é mais uma forma de cumprimento muito usado entre jovens, ou seja, uma gíria, que é similar a “Como estão todos?”. A linguagem dos jovens é muito rica. “Aham”, a nossa linguagem. Que tal acrescentarem nos comentários outras gírias (slangs)? Estarei aguardando ansiosamente sua contribuição, ok?
Hum! Você deve estar pensando em o que tem a ver a palavra ”shake” com isso, afinal, a tradução dela seria tremer, agitar, balançar. Certo? Sim... E não. Na verdade, os significados que temos nos dicionários não se aplicam a “slangs”, aliás, na linguagem coloquial temos que focar mais o contexto que o texto. Difícil de entender? Ok. Pense comigo, o que uma pessoa quer saber quando encontra um amigo? A meu ver, novidades ou o que está tirando o dia do comum. O que está “agitando” o sossego. Ao pé da letra, talvez traduzíssemos como “qual é a agitação, garoto?” ou “Qual é o agito?”. Melhor, “como está tudo, pessoal?” Senhor, a anterior é do meu tempo... rs
Como? Assim a tradução está errada? Exato. A tradução sim, mas a transliteração está coerente. Não. Não é de comer, nem com sal, nem com açúcar. Não vamos complicar! Vamos ao significado de transliteração em dois dicionários: No Aurélio, transliteração é o processo de reduzir um sistema de escrita a outro, letra por letra. Já no Michaelis encontraremos como representar (uma letra ou grupo de letras de um vocábulo) por uma letra ou grupo diferente no correspondente vocábulo de outra língua. Esse processo é muito utilizado pelos estudiosos para entender escritas antigas, aquelas que são baseadas em conjuntos de caracteres diferentes de letras, como as conhecemos, a exemplo dos hieróglifos antigos, do árabe ou mesmos o russo.
Ok. Vamos facilitar. Qual a tradução de Willian do Inglês para o Português? Você diria que é Guilherme. Na verdade, não existe tradução em relação aos nomes em Inglês, o que existe é uma referência por conta do sentido do nome. Assim, nos Estados Unidos, uma pessoa que se chama Willian, no Brasil será chamada por Willian. E o meu? Jurandir será Jurandir. A única mudança que poderá ocorrer é uma variação de pronúncia, por conta das diferenças culturais. Outro exemplo? O que significa “How are you?” em português? “Como está você?”, certo? E “How old are you?” Qual é a sua idade?
Bem, no primeiro caso, a tradução funciona corretamente, mas tente você, um jovem paquerador, perguntar a uma moça no Brasil “Como velha você é?”. Veja por esse lado, como costumo dizer em minhas aulas, você provavelmente terá registrada em sua face, a marcar do descontentamento da suposta paquerada. Aliás, perderá a paquera, lógico!
Em suma, o que é importante não é o que se diz, mas como se diz, qual a intenção em se dizer algo. Aliás, a intenção em se falar algo é tão importante quanto quando e onde fala-la. Temos que estar atentos onde e como falar algo em Inglês sempre. Por quê? Vamos a um exemplo clássico. O que significa pants?
Você dirá, automaticamente, calças. Aí te pergunto, em que país você está falando? Sim, porque se estiver nos Estados Unidos concordarei plenamente, mas se você estiver no Reino Unido, bem, atentando ao pudor é crime por lá, sabia!? Calma, eu explico. É que lá, essa palavra significa peça íntima, no caso a feminina. Imagine você dizendo a uma moça por lá: “What beautiful pants, girl!”. Mas não se preocupe. Creio que com 300 dólares você sai da cadeia por lá... rs
Porque isso acontece? É simples. Por conta da cultura de cada país ou, como dizemos em Inglês dos “culture shocks”
Recentemente li uma tradução maravilhosa de choque cultural num blog: “Para mim, “culture shocks” é a forma mais próxima de senti-me um bebê em corpo de adulto, porque tudo é novo.”
No mesmo blog, Juanita Kwarteng descreve o fenômeno como o processo de deixar uma cultura familiar para viver em uma nova e diferente. Não saber como comer, como falar, aonde ir, quando você se muda para um novo país pode ser uma frustação, mas também uma das melhores experiências pela qual uma pessoa pode passar.
Curioso para conhecer outros “choques culturais”? Pois então, clique no link “choques culturais”. Há uns incríveis.
Creio que podemos parar por hoje. Teremos muita “diversão” com os links que deixei certo?
Um grande abraço e que Deus abençoe a todos que compartilham seu tempo comigo neste blog.
Jurandir
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