Estudando o inimigo: Verb to be
- Presence, Jurandir Junior
- 20 de jan. de 2016
- 4 min de leitura

Olhe eu aqui de novo. Hoje estou animado para escrever, então...
Quero escrever sobre um tema do qual já publiquei no site anterior, o PROFES, mas como fechei minha conta naquele blog e esse assunto fora muito comentado na época entre alguns alunos e amigos, eu achei interessante retomarmos. Vamos falar um pouco sobre algo que nossas escolas insistem em focar, um verbo do Inglês, do qual muitos de nós não damos o devido valor: O verbo “TO BE”.
Teria eu ouvido um uníssono “Ah, Não! De novo!!! ”
Calma. Ele está amarrado e é manso.... rs... Let’s work!
No português temos alguns verbos que são chamados de verbos de ligação, em inglês “linking verbs”, que não trazem qualquer informação mais significativa ao sujeito. Simplesmente apresentam uma qualidade, um estado ou um modo de ser do sujeito. Os principais são ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar, andar. Mas poderíamos pensar: andar é uma ação. Sim, mas na frase: Maria anda cansada, por exemplo, a intenção do verbo é dizer que Maria tem estado cansada.
O verbo TO BE, que passando para o sentido do português significa ser e estar, também tem essa função. E isso ajuda a fixar uma das maiores barreiras na aprendizagem da Língua Inglesa: a construção de sentenças. Afinal, é mais fácil fixar uma frase simples, do que uma mais elaborada.
Vamos a um exemplo:
”Mary is tired.”.
Fácil fixar? Compare agora com:
“Mary has been tired because she has been working a lot in her job!”
Oh gosh! Alguns diriam. Calma. Ambas transmitem praticamente a mesma mensagem, entretanto, na segunda apresentou-se uma justificativa para o cansaço de Maria, em um tempo verbal mais elaborado. Qual é a mais fácil de memorizar? Lógico que a primeira. Menos informação. Além disso, o uso de adjetivo facilita a aprendizagem, pois todos nós gostamos de elogios e qualidades para descrever pessoas e situações.
Outro ponto importante é a questão da construção de sentenças propriamente dita. Temos no português, muitos verbos sem sujeito, denominados de sujeito inexistente, por exemplo, Chove muito hoje. O verbo chover designa uma intempérie da natureza, assim, não existe alguém possa chover. Se houver, me ensine, pois não sei chover. Provocar chuva talvez, chover não. Enfim, sentença “Chove muito hoje!” em inglês poderia ficar assim:
"IT rains a lot today."
Na construção da frase, utilizamos o personal pronoun IT. Mas, por quê? Simplesmente porque não existe verbo sem sujeito em Inglês. Se não for uma ação executada por homem (He) ou mulher (SHE), necessariamente usaremos IT, que serve para animais, coisas e ações em geral. Mas, e quando ouvimos isso ocorrer em filmes ou músicas, digo, a falta do “personal pronoun”? Filmes e músicas não seguem regras, pois nesses casos preocupa-se em usar linguagem simples, coloquial, no caso de filmes, ou construções específicas para ajudar na melodia, no caso das músicas. Ou você pretende falar “What’s up!” para um superior no trabalho ou mesmo para um executivo numa relação de negócios? Lembram-se do que conversamos sobre fluência num de meu posts anteriores?
Acontece que os verbos em inglês seguem uma regrinha diferente quando se trata da terceira pessoa do singular. Voltemos para a frase em destaque: “IT rains...” O que esse “s” faz aí? “Quem poderá nos ajudar?” NÓS! (professores falando). Perdoem-me pelo trocadilho. Voltando ao nosso raciocínio, no uso do verbo TO BE, em se tratando da terceira pessoa, basta lembrarmo-nos do “IS”, que a forma para a terceira pessoal do singular.
Alguns podem estar pensando na frase “IT rains a lot today”, ainda. Afinal, se usamos o advérbio de tempo “today”, dá a impressão de algo está errado. E está mesmo. O mais coerente seria:
It is raining a lot today.
Essa alteração far-se-à necessária porque e a ação ocorre no momento em que se fala. O que? Que tem o meu “far-se-á”? Isso é mesóclise. Não, não é de comer. É uma estrutura verbal utilizada em meus áureos tempos. Pergunte ao seu professor de Português. Ele vai adorar explicar. Mas se prepare que lá vem estória.
Mas, voltemos à frase. Nesse caso, em que a ação ocorre quando o sujeito se expressa, usamos o PRESENT CONTINUOUS, que é o tempo verbal no Inglês que transmite essa informação. Neste caso, usamos o ING no fim do verbo (E aí seu professor lhe ensinará outras “regrinhas”).
No português, os verbos sofrem uma ação específica para demonstrar o tempo em que ocorrem que chamamos de conjugações. No Inglês, usamos verbos específicos para essa função: “auxiliary verbs” ou “modal verbs”: os verbos auxiliares ou modais.
Sem prologar mais a questão, adivinhem quem é o auxiliar no PRESENT CONTINUOUS? Isso mesmo, nosso amigão, o verbo TO BE. E isso não ocorre só nesse tempo verbal, mas em todos os contínuos. Tem mais???? Sim, tem.
Por esses, entre outros motivos mais, é que muitos de nós professores costumamos usar o verbo TO BE ao iniciarmos nossas aulas, quando tratamos, principalmente, do “speaking”. Mas lembre-se: Cada docente usa uma metodologia diferente. Cabe a você, estudante de Inglês, escolher aquele de nós que mais se adequa a sua realidade, a sua forma de aprender, por assim dizer. O que seria do rosa, se só houvesse o azul, não é verdade?
Por fim, conheço alguns estudantes da Língua Inglesa que conseguem ler, escrever e, até mesmo, entender filmes em Inglês, mas na hora de falar travam. Na verdade, os problemas da comunicação em segunda língua levariam a um debate extenso. Que tal num outro post!
A paz e a prosperidade os acompanhem.
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